Sexta-feira, 15 de Outubro de 2010

souselalentejo ( Anti – crise ) da colaboradora, Ana Teresa Pina

Um texto da nossa colaboradora Ana Teresa Pina.

Anti – crise

 

Hoje sou anti-crise!

Não por não gostar de viver em crise, mas porque na realidade não sei o que isso significa…

Acho que comer, beber e respirar crise, como se faz nos dias de hoje, é como falar de futebol ou como explorar até à exaustão supostos escândalos que só interessam aos próprios, é tudo uma forma de afastar as pessoas dos verdadeiros problemas das pessoas verdadeiras…

Desde sempre que se ouve falar de crise, umas vezes mais outras menos, é certo, mas tem sido tema dos últimos séculos antes de o ser um problema dos últimos anos…

Em todas as épocas houve ricos e pobres, bons trabalhadores e outros que nada queriam fazer, numas casas miséria e noutras abundância, uns com muito, outros com pouco e ainda os remediados…

Quando os ciclos económicos estão na mó de baixo, aumentam os preços, aumenta o desemprego, cai o investimento, aumentam os problemas sociais, tudo parece entrar em colapso…estamos numa dessas fases. Não sei se a dimensão deste caos organizado é mundial ou não mas parece-me uma boa ideia reduzir o seu impacto para uma base regional…acho que é menos assustador olhar para a crise como sendo apenas um problema do meu Concelho!

Sendo assim, não me sinto tão impotente, tão aterrorizada com as notícias com que me querem bombardear todos os dias, tão infeliz por ver entrar um mundo em ruptura com ele próprio…

Prefiro olhar à minha volta, sorrir para as pessoas com quem me cruzo, cumprimentá-las com um alegre bom dia, falar das nuvens que estão carregadas no céu e deixar que elas sejam a única coisa cinzenta no meu dia.

Prefiro concentrar-me a ajudar alguém que precise realmente, a ficar feliz porque um menino pequenino ficou feliz por me ver e me veio dar beijinhos e contar que vai passear no fim-de-semana, prefiro fazer planos para ocupar o tempo com a minha filha, pensar em como posso ajudar os meus amigos se precisarem de mim ou apenas como lhes dizer que são importantes, varrer o lixo que se pára à minha porta em vez de amaldiçoar quem o deitou para o chão ou estragar o meu dia a pensar que alguém o devia varrer, pensar em coisas úteis para fazer pela minha comunidade e pelos que me rodeiam.

Sendo útil aos problemas e contratempos das pessoas de carne e osso, com quem vivo, convivo ou apenas me cruzo, vivo os meus dias sendo útil a mim mesma, contribuindo para ser mais uma que anda neste mundo com vontade de por cá andar e fazer alguma coisa para ser feliz…

Isto sim é algo de verdadeiro e por que vale a pena lutar!

 

Bom fim-de-semana a todos

 

Ana Teresa Pina


PUBLICADO POR: carlosgil às 13:50
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7 comentários:
De Joaquim Gil a 16 de Outubro de 2010 às 09:48
Penso que o texto apresentado pela Srª. Ana Teresa Pina, para além do optimismo que nos tenta incutir, vai ao encontro do que eu julgo ser, uma crise económica e financeira, pressupõe-se que crise, é a falta de matérias primas ou alimentares, que felizmente há com fartura por todo o lado, não há é dinheiro para as adquirir, e aqui é que está o problema, onde é que ele está? ardeu? foi lançado ao mar? não! a crise económica é provocada pelas classes dominantes e acontece quando as classes trabalhadoras,com as suas lutas, conquistam regalias que os grandes grupos económicos consideram perigosas para a continuidade do seu domínio, basta repararmos que estas crises acabam sempre por ditar a degadação das condições dos trabalhadores e dos seus postos de trabalho


De vencerei a 18 de Outubro de 2010 às 18:57
Ainda não percebi o que querem dizer com a palavra crise por várias razões.
Se é porque o estado esbanjou o dinheiro, mais o que deve a fornecedores, mais o que pediu emprestado ao BC ou outros no estrangeiro e não consegue pagar e agora está a ver que como não lhe emprestam mais, toda a gente sabe que no fundo do pote estão sempre as borras. Mas será que com tanto economista, tantos cérebros e só agora deram por isso? não estava faz muitos anos, a ver-se que com tanta gente a entrar para o estado, tantos ordenados chorudos, as obras com derrapagens loucas, quando havia um roubo logo a seguir se dizia que tinham que entrar mais 1000 para a GNR e mais 1000 para a PSP,mais os estádios, e os submarinos e oferta de computadores, e, e ,e ... se falarmos nas câmaras então...
Crise nos particulares, tb não sei bem onde está, pode de facto haver uma franja muito pequenina, porque vejo a maioria das pessoas a viverem à larga, não se arranja lugar para um carro onde quer que vamos, os estádios , as praças de touros, o pavilhão Atlântico , enche sempre, as férias no Algarve e no estrangeiro, nada chega etc , etc ,
ONDE É QUE ESTÁ A CRISE?


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